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ESPIRITUALIDADE: A nova “temática” da gestão de pessoas
De tempos em tempos o mundo corporativo é invadido por diversas técnicas, metodologias, ferramentas, enfim... Contudo, nunca esteve tão presente nas empresas como nos dias atuais, a temática “Espiritualidade”.
Vale destacar aqui a diferença entre religiosidade e espiritualidade. Enquanto a primeira trata-se em definir uma doutrina que se escolhe seguir, a espiritualidade tem a ver com a postura moral e ética, capaz de neutralizar a religiosidade, conectando com pessoas, numa posição de equidade, em busca de um bem maior.
Esta nova prática de gerir pessoas aportada na espiritualidade, tem o papel de se despir de qualquer paradigma, dogma, rituais, preconceitos e julgamento, investindo em um relacionamento saudável entre os colaboradores, praticado a tolerância, compartilhando informações, liderando a essência das pessoas e promovendo um clima organizacional de equilíbrio e harmonia, sem abrir mão da produtividade e dos resultados.
Autores como Rego, Cunha e Souto (2007) consideram que a espiritualidade no ambiente profissional contempla diversas dimensões, dentre elas:
- Sentido de comunidade na equipe: aqui está relacionado com o local de trabalho que passa a ser um lugar de zelo e muito respeito, em que o espírito de equipe, está alicerçado no sentido de comunidade e de propósito comum.
- Alinhamento do indivíduo com os valores da organização. Esta dimensão abarca no sentido em que as coisas acontecem na empresa, trazendo sintonia com a sensação de fazer parte de algo maior, em que os valores em corporação e do colaborador, se compactuam, gerando o engajamento.
- A responsabilidade social e o sentido para a comunidade. Nesta dimensão explora-se o trabalho como algo útil à comunidade, despertando no colaborador o sentimento de servir, conectando assim, com os valores organizacionais.
- Alegria no trabalho: esta dimensão destaca a importância da alegria ser inserida nos objetivos da empresa, fazendo gestão com diversão e não opressão.
- Respeito com a vida anterior: acatar a individualidade do colaborador é o foco principal dessa dimensão, bem como, valorizar e respeitar sua espiritualidade dando vazão a melhora da criatividade e expansão de outras características importantes para a realização do seu trabalho.
O filósofo Mario Sergio Cortella retrata a importância da figura do gestor nesse processo. Para Cortella (2007) o líder espiritualizado deve estar engajado nesta temática, vendo seus colaboradores como parte de um todo, de forma respeitosa e individual, trazendo sentido, significado e direção, honrando esse profissional.
Com esses olhares, o que poderia dar errado nesta gestão?
Um abraço,
Abraços,
Dra.Érica Belon
Doutora em Administração de Negócios - UNIMEP
Mestre em Educação - UNISAL
Especialista em Gestão de Pessoas e Negócios
Pesquisadora, Professora e Empresária
Referências
Cortella, M. S. Qual é a sua obra, Ed. Vozes, 2007
Rego, A., Cunha, M. P., & Souto, S. Espiritualidade nas organizações e comprometimento organizacional. Revista de Administração de Empresas, 6(2), 1-27, 2007