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Você é útil ou tem significado para as pessoas?
Quero chamar a sua atenção nesse texto acerca da sua autoestima. Você sabe o que é autoestima?
Autoestima é a percepção que temos acerca de nós mesmos. E, dependendo dos feedbacks que recebemos da pessoas e da vida, vamos criando uma autoimagem positiva ou negativa.
O fato é que quando construímos uma autoestima baixa, colocar limites em pessoas ou situações torna-se cada vez mais desafiador.
A percepção negativa que temos sobre nós, faz com que entreguemos ao outro a legalidade em definir nossas escolhas e assim, nossa vida.
Outro fator impactante é que a autoestima baixa causa em nós um “acostumar” com as migalhas que nos é dado. Relacionamentos em que perdemos o valor e nos tornamos apenas “úteis”. E esses relacionamentos se estendem de casa para o trabalho, para com os parentes, para a igreja, e, construímos uma vida sendo muito úteis, porém, com pouco valor.
A utilidade é algo cansativo, embora, realizador. Podemos dizer que é bastante interessante sabermos “fazer as coisas”, mas, não podemos desprezar que a utilidade é um território perigoso, porque às vezes a gente “até pensa que o outro gosta da gente”, mas na verdade, somos apenas “úteis”.
Geralmente é na velhice que descobrimos se fomos úteis ou se tivemos significado para alguém. É nesse momento, sem nenhuma utilidade é que iremos saber quem realmente gosta da gente.
Você quer descobrir se o outro te ama? É só identificar se ele seria capaz de tolerar a sua inutilidade.
Você quer saber se você ama alguém? Pergunte a si mesmo: quem nessa vida pode ficar inútil para mim, sem que eu sinta a vontade de jogá-lo fora.
Sim, só o amor nos dá condições de cuidar do outro, até o fim.
Minhas experiências com atendimentos me permitem levantar aqui algumas estatísticas de quantas pessoas emocionalmente doentes, depositaram toda sua esperança em acreditar que tinham alguma “significância” para o outro, quando somente o que tinham era uma grande “utilidade”.
Posso aqui confirmar que, de cada 10 atendimentos, 08 percebem que são apenas “úteis” para seus cônjuges, parentes, chefes, empresas, filhos, amigos, igreja, etc.
Pessoas que dedicam a sua vida por empresas e, são descartadas como uma mercadoria que não serve mais.
Pessoas que literalmente passam anos das suas vidas “engolindo sapos” da família do cônjuge, e de repente são trocadas, e, nem sempre são avisadas, mas, “ficam sabendo por terceiros” ou apenas descobrem.
Pessoas que doam seu tempo para os filhos, que, por escolhas erradas, construíram vidas complicadas e delegam toda sua responsabilidade para os pais que deveriam estar aproveitando a velhice, descansando, pois, já fizeram a sua parte.
Pessoas que abrem mão de suas vidas para cuidar de seus parentes e depois, são jogados para fora da casa, muitas vezes pelos entes mais próximos, simplesmente porque tem que fazer a partilha do bem!
E, a proposta desse texto é levantar essa provocação, como Padre Fábio de Mello fez, e fazer você refletir:
“Você tem significado ou você tem utilidade?”
Quando você ficar velho(a), você terá pessoas para te colocar no sol? Sobretudo, e para te tirar do sol?
Feliz é aquele que tem, ao final da vida, a graça de ser olhado nos olhos e ouvir: você não serve para mais nada, mas mesmo assim, eu não sei viver sem você!
Como está a sua autoestima? Você é útil? Ou tem significado?
Pense sobre isso...ainda dá tempo de você alinhar sua rota!
Cuide-se!
Um carinhoso abraço,

Dra. Érica Belon
Doutora em Administração de Negócios - UNIMEP
Mestre em Educação - UNISAL
Especialista em Comportamento Humano - FGV
Empresária
11 9.9330-7208